Segundo o Houaiss, TRABALHO é: sm. fis. grandeza que pode ser definida como o produto da magnitude de uma força e a distância percorrida pelo ponto de aplicação da força na direção desta (τ); esforço incomum; luta, lida, faina; conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; atividade profissional regular, remunerada ou assalariada; qualquer obra realizada (manual, artística, intelectual etc.).

30 de setembro de 2007

Arte de fazer facas

Forjar, bater, lixar e furar. Essas são algumas das atividades de um cuteleiro, a pessoa que fabrica ou vende instrumentos de corte. Muita gente desconhece a palavra cutelaria, mas são produtos dela, espadas, facas, adagas, facões, machados, punhais, navalhas e todas as outras armas brancas e utensílios metálicos cortantes.


Com a vinda ao Brasil de um cuteleiro norte – americano, Jerry Fisk, que veio ministrar um workshop sobre os mais diversos assuntos ligados a cutelaria, ficou clara a importância da congregação dos cuteleiros brasileiros para aprimorarem e divulgarem ainda mais essa arte. Por esse motivo foi fundada em 2001 a Sociedade Brasileira de Cutelaria.

Essa arte da feitura artesanal das facas está crescendo a cada dia. Com uma grande aceitação desses produtos, os próprios cuteleiros passaram a selecionar melhor seus materiais. Usando a criatividade para fazer modelos variados e ricos em detalhes, passando assim a serem chamados de arte em aço. Na Universidade de Brasília existe o curso Cutelaria Artesanal. O salário varia de acordo com as peças vendidas.

Sobre o curso de Cutelaria Artesanal : UNB
Sociedade Brasileira de Cutelaria: SBC

29 de setembro de 2007

Profissão: Mendigo

Li na matéria Profissionais da esmola garantem salário nos trens, publicada dia 23/09 no Diário d S. Paulo, que há cerca de 400 mendigos profissionais nas linhas de trem. Aproveitando-se da solidariedade alheia, eles lucram cerca de R$ 100 por dia!

A reportagem conta a história de Simone Rodrigues. Ela queria voltar a trabalhar, mas acha difícil conseguir algo melhor, não tem estudo. A rotina dela é ir para os trens, seus filhos de 2 e 7 anos vão junto, o dinheiro dá pra comprar comida, pagar aluguel, não falta nada em casa. O menino de 7 anos cata latinhas enquanto a mãe recebe esmola, ela diz que o dinheiro que o garoto consegue com as latas é dele, para comprar seus próprios “brinquedinhos”. Só que ela esqueceu de dizer os dias que reserva para procurar emprego, mas será mesmo que ela vai conseguir outro que renda tanto?

Claro que há pessoas que realmente acabam se vendo sem saída e vão mendigar. Mas com o discurso do “é melhor pedir do que roubar” muitos se aproveitam da bondade dos outros. Uma mulher de 59 anos disse que não é boba, por isso trabalha mais nos dias 5 e 21, quando “o povo” tem mais dinheiro. Há 8 anos ela vive como pedinte.

Quando foi entrevistada disse que só voltaria a mendigar na semana seguinte, mas no outro dia foi encontrada pela reportagem com seu discurso, no qual afirma estar doente, não ter dinheiro, além de não ter ninguém nessa vida. Nesse caso, ela deveria procurar pelo menos um de seus cinco filhos nos dias 5 e 21 do mês.

O que você quer saber… eles descobrem!

Resolvi postar 2 vezes hoje, porque a matéria que me inspirou a escrever esse post também foi publicada no Diário de S. Paulo do dia 23. Li a reportagem Detetives revelam seus segredos e como já estava tentada a escrever sobre a profissão, resolvi aproveitar.
Essa profissão é para você que é curioso, gosta de bisbilhotar e viver em constante adrenalina.

A matéria traz uma entrevista com os detetives Patrício Eduardo Llanos Cerda, 39 e Ângela Bekeredjian, 64. Ângela é pioneira da investigação particular no Brasil e começou na profissão com 20 anos, mas interessante é saber que o primeiro a ser pego no flagra por ela foi ninguém menos que seu próprio marido!

As recentes sentenças judiciais em favor dos cônjuges traídos, fizeram aumentar a procura pelo serviço. Os casos de traição são os mais investigados. Segundo Ângela, agora são as mulheres as que mais traem, no entanto flagrá-las é mais difícil. Patrício diz que os homens procuram o serviço de investigação apenas para acabar com a dúvida e sair de casa, já as mulheres querem mostrar que não são “otárias”, porém acabam perdoando.

Mas não pense que é fácil ser detetive. Esses profissionais arriscam as próprias vidas. Ângela, por exemplo, tem uma cicatriz no nariz resultado de uma facada dada por um marido investigado, ela descobriu que ele tinha um caso homossexual. Patrício em meio a uma investigação já acabou com uma espingarda na cabeça, agora diz que está cansado de apanhar tentando apartar brigas das clientes que querem acompanhá-lo na hora do flagrante.


De acordo com o site www.iudep.com.br/revistja.html um iniciante na profissão ganha cerca de R$ 2 mil, já os mais experientes, a partir de R$ 8 mil.

Lugar de mulher é na... borracharia


Trabalho exótico, alternativo, foram temas escolhidos pelo nosso grupo para serem conhecidos, aprofundados e discutidos. Dentro do assunto, cabe falar muito da mulher. Pois, a cada dia, ela conquista mais o mercado de trabalho. Ocupando cargos e funções próprios dos homens.

Um bom exemplo dessa realidade é a Dn. Maria Santos de Moura. Uma senhora de 50 anos que trabalha como borracheira desde os 25 anos. Isto mesmo! E não é só isso. Ela é dona do próprio negócio.

Antes ela era do lar, e conheceu a profissão quando o marido decidiu montar uma borracharia no quintal da casa. “Ficava observando e passei a gostar do que ele fazia, quando começou a acumular serviço, decidi ajudá-lo”, diz.

O preconceito por qual passou, é comum no universo feminino, mas, neste caso, parecia ser pior. Imaginem um homem, que zela tanto pelo seu carro, aceitar que uma mulher coloque a mão e execute um conserto. “Quando os clientes percebiam que era eu, quem fazia a troca do pneu, logo ficavam desconfiados. Mas mandava fazer um teste para ver se estava tudo bem”, afirma.

A partir deste momento Dn. Maria conquistou seus próprios clientes, e o preconceito deu lugar a confiança e a amizade. Já que, depois de 24 anos na profissão, a borracharia tem mais de 150 clientes e 15 contratos com empresas.

Podemos afirmar, então, que não há limites para a mulher. E que, lugar de mulher não é só na cozinha, e muito menos, no caso das borracharias, na parede em forma de pôsteres.

28 de setembro de 2007

Quem dá mais??

Todo mundo conhece, pelo menos de ouvir falar, os leilões. Qualquer coisa pode ser leiloada, mas para que um leilão aconteça, além de mercadorias, é fundamental também a presença do leiloeiro.
Leiloeiro é o profissional que motiva a compra. Éo mediador entre os compradores e aquele que o contratou para vender determinado produto. É ele quem dirige o leilão, que ouve os lances e faz com que o produto seja vendido pelo melhor preço.

O leiloeiro não pode ser qualquer pessoa. Para ser um profissional dessa área deve ser um brasileiro em conformidade com seus direitos civis e políticos, tem que ter acima de 25 anos, morar na cidade em que pretende trabalhar a mais de 5 anos e ter idoneidade comprovada. Não há curso especifico, mas o leiloeiro precisa estar inscrito nas Juntas Comerciais dos Estados. E, além de tudo isso, precisa ser uma pessoa com forte influência sobre os outros, com desenvoltura, honestidade, credibilidade, etc.

O mercado de trabalho atualmente é muito concorrido, principalmente pelo aparecimento dos leilões virtuais, por isso para se firmar na profissão o leiloeiro precisa ser realmente muito bom no que faz.

27 de setembro de 2007

A Arte de Saborear

Outro dia a Ana falou de pessoas que usam o nariz para trabalhar. Hoje eu falo de quem usa a boca. Não é uma profissão desconhecida, mas é curiosa. Agora é a vez do degustador.

Para degustar é necessário não somente um paladar apurado, mas também muito estudo para achar as qualidades e os defeitos de um produto. Num curso de especialização para degustar vinho, por exemplo, você aprenderá a diferenciar os quatros gostos percebidos pela língua. Não deve ser fácil.

No Brasil, os principais itens na lista dos degustadores são o café e o vinho. Quem trabalha com o primeiro prova amostras de grãos para avaliar se eles estão bons ou não. Quem trabalha com o segundo experimenta cerca de 30 amostras de bebida por dia – mas não se animem: o degustador coloca o vinho na boca e cospe em seguida.

A maior vantagem de ser degustador é virar um expert num produto que você gosta. Porém, a responsabilidade é muito grande, e qualquer erro pode causar um enorme prejuízo ao fabricante.

Outro ponto não vantajoso é o salário. No início da carreira, ele varia de R$1.500 para quem trabalha com o café e R$800 para quem trabalha com o vinho. No entanto, um degustador de café com cerca de 10 anos de profissão pode ganhar US$10 mil por mês.
Tentador, não? Se bem que eu degustaria chocolate por bem menos que isso.

Rir é o melhor remédio


Ele não faz curso profissionalizante, ele não faz faculdade, mas trabalha com o prazer de alegrar as pessoas. Quem é da minha geração vai saber do que estou falando ao dizer sobre a euforia que tinha quando o circo chegava ao bairro, e logo iam assistir ludibriados ao espetáculo.

O palhaço existe desde a Idade Média e objetivava alegrar os reis e cantar suas vitórias.
Hoje, eles fazem shows em festas infantis, apresentações promocionais em lojas e alguns até estão espalhados pelas ruas para divertir quem passa. Encontrar um circo é mais difícil do que era e o acesso à novas tecnologias impedem a criança de se interessar pelos espetáculos. O trabalho do palhaço virou até terapia em hospitais que tratam de câncer e outras doenças: o palhaço colore a vida de crianças enfermas.

Muitos palhaços têm um emprego formal de qualquer outra espécie, pois a remuneração do trabalho “de divertir” é instável e baixa. Mas não vá achando que é simples alegrar: até palhaço profissional deve ter registro no Ministério do Trabalho, regulamentada pelo Decreto n°82.385, de 5 de outubro de 1978.
Apesar da vida ter oscilações e dificuldades, é recompensador ver a risada de uma criança.

26 de setembro de 2007

Os cheiros da pele



"Uma mulher sem perfume é uma mulher sem história..." (Coco Chanel).

E para termos perfumes, precisamos de um perfumista.

Profissão um tanto quanto nobre, pois um perfumista pode ganhar salários de até US$ 15 mil para criar essências que agradem o nariz sensível da clientela que gasta muito em perfume, pois a maioria deles não é nada barato.

Para se tornar um profissional, é necessário concluir o ensino médio e há cursos de Perfumaria, e Aromacologia. Eles pesquisam e testam ingredientes obtidos de reações químicas e enzimáticas, para formularem aromas e fragâncias que ninguém resiste.
Também precisa ter um nível sensorial muito alto, pois o perfumista também deve identificar falhas em aromas, e necessita ter agilidade, pois há rígidos prazos de entrega, já que a indústria de cosméticos anda em crescimento constante.

Há poucos profissionais no Brasil pois a maioria dos perfumistas são formados no exterior.
Os perfumes são geralmente feitos com misturas florais, madeiras nobres e frutas.
Um bom perfume marca não só uma pessoa, mas um momento. Não é a toa que é tão consumido hoje em dia, onde não se poupam esforços para ter o melhor e mais marcante dos perfumes.

25 de setembro de 2007

Não tem preço?

84% dos executivos não está satisfeito com o trabalho.
Um tipo de estatística como essa não me assusta.
Ainda tenho certeza de que vão responder afirmadamente essa questão:Quem gostaria de se tornar um executivo de uma grande empresa?

Os ótimos salários e a suposta vida feliz com reconhecimento atraem muitas pessoas para cursos de especialização em planejamento e liderança, chamado manegement. Mas, para quem ainda pensa que o manager tem muito por pouco, a mais recente edição da revista Época Negócios traz em uma de suas matérias de capa uma pesquisa que trouxe dados relevantes para os iludidos.Na matéria, Denise Santos, a presidente da BenQ Mobile no Brasil, é exemplo de executivo desgastado e que em certos momentos se mostra infeliz no trabalho.

A pesquisa feita pela psicóloga Betania Tanure entrevistou 263 presidentes e 965 executivos de alto escalão; dentro de um grupo de 350 grandes empresas.Segundo a psicóloga, que faz parte dos conselhos da Gol e da Medical Saúde :"Os quadros de angústia e de instabilidade emocional transformaram entrevistas em desabafos".
Será que vale ganhar muito dinheiro para não ter mais previsão de quando vai aproveitar a vida de uma maneira menos...frenética?Fica a critério.

Metalúrgico Farejador

Não gosto de carros. Digo, não é um dos meus assuntos favoritos. No entanto por algum motivo incompreensível resolvi entrar na sessão de carros do site do MSN, página vai, página vem, acabei encontrando uma profissão um tanto estranha: cheirador de carros. Exatamente isso que você leu. Tem alguém por aí que ganha a vida cheirando carros. Sabe quando entramos num carro e de cara dizemos “o carro é novo? Porque o cheirinho é de carro recém saído da consecionária hein!” e ai se inicia uma conversa sobre as qualidades do carro novo do feliz propretário? Então, é função de alguem cheirar o carro antes dele sair para a venda.

A profissão começou por volta dos anos 80 na Europa quando consumidores se sentiram incomodados com o odor do carro e isso passou a se tornar assunto de mídia. O que os cheiradores de carro fazem são testes para analisar se o cheiro não está forte a ponto de fazer mal ao usuário causando problemas de respiração e/ou ardencia nos olhos. Eles analisam peça por peça do automóvel e com o tempo acabam guardando na memória qual cheiro pertence a qual peça e quando o odor passa do limite.

"Crio uma memória olfativa de cada uma das peças, meu cérebro sabe identificá-las quando estou dentro do carro" disse Maria de Lourdes em reportagem do MSN. Ela é a pioneira desse trabalho aqui no Brasil e para essa tarefa foi mandada até a Alemanha para um curso de especialização de 20 semanas e ao voltar passou a chefiar uma equipe de cheiradores na Volks. Parece e é uma profissão complexa. Dos 30 funcionário da Volks nessa área apenas 6 estão realmente aptos para fazer os testes. E viva o nariz!

>Fonte:

http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/MSNNoticia_conteudo.vxlpub?hnid=37017

>Foto: Getty Images :

http://legacycreative.gettyimages.com/source/home/home.aspx

24 de setembro de 2007

Pessoal versus Profissional

Li essa matéria na UOL, no último dia 29. Pendurados por cabos de aço, Jiang Dezhang, 27, e sua noiva, Tie Guangju, 26, beijam-se na foto em casamento realizado nas alturas em Kunming (China); ambos são limpadores da parte externa de grandes edifícios.

Lembro de um professor no colégio que falava que ele nunca moraria perto do colégio que ele dá aulas. Para ele, as duas coisas precisavam estar separadas. Momento de relaxar, momento de trabalhar. E nunca se fundir.

Afinal, o trabalho e a vida pessoal são instâncias da vida que se complementam, ou seja, o momento do trabalho em si deve ser peça fundamental para a realização individual, ou ele é só um meio para financiar a estabilidade da vida particular através do dinheiro que se ganha com ele? Não tenho uma resposta, apenas divagações.

Há uma inversão de valores. Eu vejo as pessoas contando os segundos para o próximo feriado. Eu vejo a expressão mórbida das pessoas no metrô na hora do rush. Eu sinto que apenas se atura o emprego, quando na verdade ele deveria ser a escada para a exploração do potencial criativo e intelectual do indivíduo.

23 de setembro de 2007

Trabalho recompensado

Uma profissão pouco conhecida é a Engenharia de Agrimensura, ela é responsável pelo levantamento e medição de terrenos. O profissional dessa área é denominado Engenheiro Agrimensor.

Ele tem como função: orientar e executar projetos de loteamento, de traçados de cidades e de sistemas de saneamento, irrigação e drenagem. Seu trabalho é feito com base na consulta de levantamentos topográficos e geodésicos.

Além de ser habilitado para atuar na descrição, definição e monitoramento de espaços físicos. Poderá ainda o Agrimensor, especializar-se em levantamentos topográficos sobre o meio ambiente. O campo de atuação desses profissionais é variado, pode ser em obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, irrigação e drenagem, usinas hidrelétricas, empresas de serviços de topografia, prefeituras, entre outros. Porém o que está em alta é a peritagem judicial e de avaliação.

Para os interessados o curso tem duração de cinco anos. É preciso gostar muito de física, matemática, química, informática e também é exigido que tenha boa memória e capacidade de imaginar material concreto em outras posições. Tendo como salário médio inicial R$ 1. 219, 32.
Imagem: http://www.passeiweb.com/vestibular/profissoes/imagens/eng_sanitaria.jpg

22 de setembro de 2007

Você pode conhecer o amanhã... hoje!

Os futurólogos conseguem prever o destino. Dentro da futurologia existem segmentos, como a cartomancia e a astrologia. E a ânsia por saber o que o futuro reserva faz com que o número de profissionais relacionados a essa área seja cada vez maior.
Mas não basta fazer um curso sobre o tema e sair fazendo previsões. É preciso ser sensitivo e saber lidar com o lado espiritual das pessoas, o que supera a necessidade de fazer qualquer curso.

Li uma matéria com duas futurólogas, a astróloga Amanda Costa e a cartomante Sílvia Feldens. Elas dizem que a profissão é muito criticada, porém as pessoas costumam fazer isso por falta de conhecimento. Mas a ignorância não é a única culpada pelo preconceito que atinge os futurólogos, a banalização do misticismo também é apontada como uma ameaça a seriedade desse trabalho.

Muitos charlatões ganham dinheiro usando a fé dos outros e isso denigre a imagem de todos os futurólogos. No entanto, ambas ponderam, há profissionais ruins e sem ética em todos os tipos de trabalho.

Amanda diz também que os únicos que podem prever um fato com exatidão são aqueles que possuem o dom da vidência, o que não é o caso dela que estuda os astros e faz cálculos matemáticos para prever tendências.
***Leia mais em pessoas com conteúdo***
site onde li a matéria (que citei nesse post):
imagem:

E lá vem a emenda 3!

Carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas, aposentadoria, esses são só alguns benefícios adquiridos pelo trabalhador com a criação da CLT pelo presidente Getúlio Vargas e ao longo dos anos. Mas tudo isso, ao que parece, e em um futuro não tão distante, será substituído e o trabalhador perderá tudo o que conquistou.

É o que propõe, de uma forma sutil, a emenda 3: auditores fiscais da receita federal não poderiam autuar empresas prestadoras de serviços constituídas por uma pessoa, quando entendessem que a relação de prestação de serviços com uma outra empresa era uma relação de trabalho.

Para os empregadores é interessante, pois reclamam muito das altas taxas que pagam por funcionário e que dificulta novas contratações. Assim, deixarão de recolher contribuições e impostos, que depois retornam como benefícios para o empregado.

Muitas empresas já trabalham dessa forma, e outros tantos trabalhadores, com receio do desemprego, aceitam essa nova modalidade de contrato.

Em um curto prazo o empregado pode até achar bom, pois como a empresa não recolhe tributos, paga um salário maior. Mas em longo prazo ele não terá nenhum benefício, caso seja demitido ou aposente.

21 de setembro de 2007

Flores, plantas, e tratamentos...

Muitas pessoas hoje em dia, por causa da correria e do estresse diário tem buscado ajudas em terapeutas, em busca de equilíbrio e paz. Mas o que muita gente não conhece é outro tipo de terapia, chamada Terapia floral, que é considerada uma medicina complementar e que é muito eficaz.

A terapia floral também tem o objetivo de trazer as pessoas tranqüilidade, paz e equilíbrio emocional, porém é feita através de extratos líquidos naturais e altamente diluídos de flores e plantas.

Depois que o terapeuta floral percebe qual é o problema específico de seu paciente ele começa o tratamento com o floral mais adequado.

O terapeuta floral precisa ter conhecimento sobre plantas e flores da mesma forma como precisa conhecer seus efeitos no sistema humano, e também precisa ter algum conhecimento de psicologia. A terapia floral pode ser usada para tratar diversos tipos de problemas e situações.
Por exemplo, em casos de obesidade, depressão, TPM, ansiedade, ciúme, separação conjugal, etc.

Conforme esse tipo de tratamento se torna mais eficaz o mercado de trabalho vai aumentando. Um terapeuta floral pode ter seu próprio consultório mas também pode trabalhar em institutos de terapia. E o salário de um terapeuta floral varia de R$30 a R$50 a consulta.

20 de setembro de 2007

Ahhh... o professor!

“Você só consegue ler isso hoje porque um dia um professor te ensinou a ler”. A pura verdade dita pela professora de ciências Izabel Moraes. Pode ser que seus pais tenham começado a sua alfabetização, mas foi numa escola que você realmente aprendeu a ler e escrever.

Apesar da importância dos professores, seu trabalho é muito desvalorizado. São poucos os que dão o valor que eles merecem. A começar pelo salário: o piso de um professor do ensino fundamental (1ª a 4ª séries) é de R$ 659,80, para uma jornada de 22 horas semanais. Daí você divide as horas pelos dias da semana e pensa que por menos de 5 horas diárias o salário está bom. Mas continue pensando, esse professor passa 5 horas diárias com uma turminha de 7, 8, 9 ou 10 anos. Se você conhecer alguém dessa idade vai saber o quanto é difícil “domar” esses pequenos. Imagina uma sala com 40 desses.

O professor não só alfabetiza, como também cuida. Se eles choram, passam mal, brigam, quem ajuda é o professor, que se torna também pai/mãe para essas crianças.

Isso falando só dos professores do fundamental, mas os problemas que os da 5ª a 8ª e do ensino médio enfrentam não são brincadeira. O salário também é baixo e os professores passam pela adolescência de seus alunos. Isso não é fácil.

Talvez seja a hora de entender que não seriamos nada se não fosse por aquele profissional maravilhoso que um dia nos ensinou a ler.

"Vou ser ator"

— E aí, filho, já decidiu o que vai prestar para vestibular?


— Já pai. Vou fazer artes cênicas, vou ser ator.

— Mas...como ator? Você tem que ser médico como eu! Imagina, o único filho homem que eu tenho, vai querer ser ator? Não, não. Ator não ganha dinheiro, ator é coisa de vagabundo. Meu filho não vai ser vagabundo não; vai prestar medicina, se tornar um cirurgião de respeito!

Esta cena foi comum a partir da metade do século XIX, mas até hoje a vontade de muitos pais é que seus filhos se tornem como eles enquanto querem ser atores ou músicos. O que gera ampla concordância é que, em apresentações, o trabalho desses profissionais é aplaudido e elogiado. Mas fora da cena, há dificuldade financeira e até de encontrar emprego, pois não é uma função remunerada em carteira, com data de admissão. Ator e músico vive com o que os outros chamam de “bico” mas que serve de sustento e para pagar as contas.

Poucos profissionais prosperam ao ponto de ter conforto. A maioria do teatro amador vive no aperto, tanto para verbas de espetáculos quanto para cada ator em si. Essa desvalorização torna-se comum para jovens, que entram nas faculdades cheios de ideais.

De qualquer forma, vale mais fazer o que gosta do que fazer o que não quer por dinheiro.

19 de setembro de 2007

Oi! Por favor...me vê uma horta!

É...horta delivery!

Além do personal friend, personal coach e outros mais, agora você também pode contar com os serviços do Personal Horta.

O profissional cria um canteiro, uma pequena horta em sua residência, para que você sempre tenha a seu dispor ervas frescas para incrementar seus pratos.
Há 7 anos, Marcelo Noronha, engenheiro agronômo, foi convidado por um amigo para fazer uma pequena horta em sua casa, e logo depois a idéia foi passando de amigo para amigo, até a atividade virar profissão devido o número de pessoas querendo.
Os vasos da horta são pequenos, e utilizados somente para plantar temperos como alecrim, pimenta, salsinha, entre outros.

Contratando o serviço do personal horta, ele vai até a sua casa, planeja, monta e volta depois para manutenção. O custo fica a partir de 250 reais, variando pelo tamanho da horta
Temperos fresquinhos no quintal da sua casa hein! Que mordomia!
Para quem não quer gastar dinheiro com um personal horta, há quem ensine a montá-la em casa, até porque o método não é difícil. Mas e a sujeira que faz? Ah amigo, é só chamar então uma diarista que fica tudo limpinho.

18 de setembro de 2007

Desenhista de Toalha

Vá até o Mcdonald's e peça um daqueles sanduíches calóricos. Você pega sua bandeja e vê aquela toalinha de papel com desenhos bonitinhos e várias informações. Bom, você já parou pra pensar quem desenha aquilo? Hiro Kawahara. Ele é o homem das toalinhas. Sua profissão exata? desenhista de bandeja do McDonald's.

Pela internet, vi no site da revista Mac+ que ela lançará uma edição especial Mac+Portifólio que trará arte de diferentes pessoas começando com ninguém mais ninguém menos do que Hiro, alguém todos conhecemos o trabalho mas não faziamos idéia de quem fosse, nas palavras dele mesmo em entrevista a NippoBrasil “São 10 milhões de lâminas por mês.

Então, teoricamente, estou conectado com 10 milhões de pessoas sem saber.” Hiro é brasileiro nascido em Mogi das Cruzes, cursou Biologia na Usp e começou a ilustrar por acaso convidado por uma colega que trabalhava em uma editora, ele pensou “não vou ser biólogo, vou ser ilustrador”. Mas não pense que é facil assim. Para quem quer ser ilustrador, ele dá dicas “Para ser ilustrador tem que ter a mente aberta, treinar sempre e observar tudo. A pessoa precisa ir muito além de mangás, grafites para skate ou histórias em quadrinhos. É preciso desenhar desde um repolho a uma mulher pelada. Essa é uma das poucas carreiras que não precisa de diploma e você não pode recusar trabalho.”

Imagem e outras informações retiradas do site de Hiro

Site Mac+

Estratégias de Dominação

A aula de Sociologia que assisti hoje na faculdade, sobre Marx, me inspirou a escrever meu post hoje sobre as formas que a burguesia usa para legitimar o trabalho não pago, ou seja, a exploração, o roubo. Se um de nossos temas tratados aqui é a desvalorização do trabalho, cabe a pergunta: Por que não lutamos pelos nossos direitos?

A professora explicou a criação de ideologias que justificam as idéias que convém à classe dominante, que vão além da forma material: mudam o espírito também.
Saí da aula pensando no assunto e comecei a reparar que em várias coisas ao meu redor isso acontecia, de fato. Vou enumerar 3 delas:

1) Fui em uma lanchonete e enquanto esperava o pedido vi pregado na parede a foto de uma funcionária toda sorridente. Em cima, a congratulação: “Funcionária do Mês”.

2) Fui a uma livraria e, ao acaso, achei o seguinte livro: “1001 Maneiras de Premiar seus Colaboradores”. A descrição: “o que motiva uma pessoa a ter um desempenho brilhante não é tanto um aumento de salário nem uma promoção, mas certos gestos inesperados no dia-a-dia que demonstram o real reconhecimento por um trabalho bem-feito”.

3) Na rua, um grupo de pessoas, metade com os olhos vendados, enquanto a outra metade que podia enxergar os conduzia. Descobri que eram de uma empresa. Aquilo era uma dinâmica de grupo. Há aquelas em que, dentro da empresa, é possível malhar, receber massagens, estudar mandarim, japonês, espanhol, francês e ter serviço de creche e cuidados com crianças. É a mesma lógica da expansão do café no século 19.

Tudo isso são máscaras, que, se caírem, aparecerá a face do tio Marx, ainda assombrando o deselvolvido mundo contemporâneo, impregnada em cada poeira dos porões obscuros onde acontecem os meios de produção.

17 de setembro de 2007

Prova dos "além nove"


É muito chato falar só do melhor nos ofícios noturnos sem mostrar a realidade de quem trabalha não tendo como aproveitar o prazer que a "vida útil da boêmia" pode oferecer por conta das contas.

Hoje ia fazer uma "demo" sobre as hostess, mas levei em conta as aventuras superficiais pelo mundo que não pára enquanto o resto dorme.

Lembrei vagamente das mulheres que trabalham nos turnos alternativos das indústrias, ilustradas por imagens de teares enormes e maquinetas.
Embora o salário das mulheres seja aquém de sua rotina diária e capacidade de produção, ninguém está isento de colaborar no sustento da casa.

Sites direcionados à profissões e negócios mostram que, mesmo sobrecarregados, os trabalhadores "da virada do dia" independentemente de sexo recebem 20% a mais em relação a outra de mesma função em um outro turno [não sendo das 22 às 6 da manhã].


Na aula de sociologia tive uma pequena alienação: o conceito da mais-valia tem um peso maior nessas trabalhadoras, por conta da jornada de trabalho, rendimento e o agravante: pagamento.A compensação que muitos afirmam existir para as que trabalham contra o sono e o desgaste de um longo dia em nome de um punhado de trocados a mais, seria apenas virtual.

>crédito da foto: analogia às mulheres industriárias no período do advento industrial
http://www.old-picture.com/scenes-rural-america/019/pictures/Machinist-Woman-002.jpg

16 de setembro de 2007

Ervas que curam

Uma profissão que por não ser reconhecida acaba sendo considerada como terapia alternativa é a de fitoterapia. De acordo com o IBM (Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais), essa atividade que estuda plantas medicinais e suas aplicações na cura de doenças pode ser definida como uma mistura de ciência e crença.

Uma das vantagens de fazer um tratamento com fitoterapia é que você pode utilizar uma única erva para tratar de diversas doenças ao mesmo tempo. Por esse motivo é necessário ter conhecimento de cada detalhe da planta que será utilizada, já que às vezes, diferentes partes de uma mesma planta servem para tratar males variados, além de existirem ervas tóxicas e combinações de ervas que não são aconselhadas.

O preparo das plantas medicinais pode ser variado, xaropes, sucos, compressas, banhos, pomadas e o mais utilizado que são os chás. Esses medicamentos podem ser utilizados para fins distintos: acalmar, cicatrizar, expectorar, engordar, emagrecer e muitos outros.

Porém é preciso tomar cuidado ao utilizara a fitoterapia, uma vez que um produto natural não significa necessariamente que seja livre de efeitos colaterais. Portanto até mesmo os medicamentos fitoterápicos devem ser utilizados apenas com orientação médica. O salário é em média de R$ 1.250,00 .

Imagem: http://library.thinkquest.org/05aug/00064/Images/fitoterapia.jpg

15 de setembro de 2007

Faça acontecer


Fábio Marques é um artista, um pintor, e se dedica a sua arte. E não são todos os que apreciam arte que se dedicam a ela. Motivo? A arte não é tão valorizada quanto merece. Embora não seja desvalorizada, ainda falta muito para que seja vista como profissão e não apenas como hobby.

Conheço pessoas que desistiram do sonho de se dedicar à arte por medo de “passar fome” e, adivinhem só, se dedicaram às carreiras convencionais. A idéia de estabilidade ao se encaminhar para o comum. Doce engano, com o mercado de trabalho abarrotado de profissionais sempre das mesmas áreas, falta espaço para abrigar tantos médicos, advogados…
Mas o caso de Fábio é outro. Ele estuda, realiza exposições, e aí vem outro ponto, sua profissão também é diferente, e isso graças ao enfoque de sua obra. Fábio trabalha com a arte sacra contemporânea há mais ou menos 5 anos. E não me diga que não é diferente, ou por favor me apresente alguém que você conheça que se dedique a esse tipo de arte.

E é isso, o objetivo desse post é apenas abrir os olhos daqueles que têm um sonho e em vez de irem atrás dele, seguem a maioria. Use o Fábio como exemplo, estude e se dedique ao seu talento. É assim que se alcança a estabilidade.
O quadro da foto é do Fábio Marques. Para mais informações acesse o site dele:

Guardiões desvalorizados


Responsáveis pela segurança e preservação da ordem pública, não há dúvidas do papel essencial dos policiais na sociedade. São eles que nos trazem segurança, que protegem nossos filhos e com quem podemos contar no dia-a-dia. Colocam a vida em risco, em prol de outras. Mas essa importância e dedicação, não se traduzem em respeito e valorização do seu trabalho.

Os policiais são mal remunerados, o piso salarial é de R$ 1240 no Estado de São Paulo, mas varia em outros Estados. E não estão bem equipados para enfrentar os bandidos. As armas não são modernas, a tecnologia empregada não é adequada e compromete o combate ao crime. Tudo é muito arcaico e precário.

Mas a questão, a qual eu considero o ponto chave, é a desvalorização da sua função, traduzida em forma de salário. A remuneração não é compatível com seu papel na sociedade. E isto faz com que eles recorram a “bicos”, em dias de folga, para aumentar a renda. Deixando-os vulneráveis. E, a chance de perderem a vida, por um extra, aumenta.

Nos ataques que ocorreram em maio de 2006, onde o Pcc ( Primeiro Comando da Capital) comandou ações de extermínio no Estado de São Paulo, eles foram os principais alvos de criminosos e do terror que tomou conta da cidade. Então, temos um diagnóstico: nem os órgãos competentes nem quem eles combatem diariamente, os reconhecem como autoridade e o seu valor.

14 de setembro de 2007

Arquivos, papéis, documentos...


Arrumação, organização e características como essas nem sempre estão presentes em todas as pessoas, mas para um arquivista são extremamente necessárias. O arquivista é aquele profissional responsável por analisar, arquivar e organizar documentos públicos ou privados.

Esse trabalho é muito importante para que depois esses documentos possam ser encontrados e utilizados com facilidade, e também para a manutenção e preservação destes.
Pode parecer um serviço simples de ser feito, mas nem sempre é, pois dependo do número de documentos e papeis a serem arquivados, por exemplo, se o trabalho não for bem realizado pode gerar problemas maiores para aqueles que depois vão precisar deles.

Para ser exercer a profissão de arquivista é necessário fazer o curso superior em arquivologia. Além de ser uma pessoa extremamente organizada o arquivista também precisa ser detalhista, meticuloso e ter bom senso de observação e memória.
É uma profissão relativamente nova, por tanto o mercado de trabalho ainda é pequeno, porém com certeza é um mercado promissor já que é um trabalho essencial, principalmente em grandes empresas que tratam com muitos documentos diariamente. O salário pode variar entre R$1000 e R$1500.

13 de setembro de 2007

Ensinando a seduzir

Ensinar a arte da sedução é a função de um personal sex trainer. Personal sex trainer? Isso mesmo. Essa é mais uma profissão desconhecida que faz muito sucesso entre as pessoas que se utilizam dela.


Um personal sex trainer dá consultoria de relacionamentos, visando uma melhor qualidade de vida e a elevação da autoestima das pessoas que procuram por esse profissional. Através de cursos de strip tease, massagem sensual e pompoarismo, o personal sex trainer ensina como apimentar um relacionamento e não deixá-lo cair na rotina.

A profissão ainda é alvo de preconceitos de pessoas que associam o personal sex trainer a prostitutas ou gigolôs. Essa é uma visão distorcida, uma vez que ele não faz sexo com as pessoas que o contratam.

Fátima Moura, sex trainer há 14 anos, é uma das pioneiras da profissão no país. Ela ministra vários cursos para o aprimoramento das técnicas de sedução, além de palestras sobre sexo, amor e fantasias. Fátima também oferece consultoria grátis aos ouvintes da Nativa FM, onde apresenta um programa de domingo a sexta, da 01h as 02h, e quinzenalmente aos domingos na Revista JT.


Ficou interessado? Deixe a vergonha de lado e entre no http://www.fatimamoura.com.br.

Ordem, progresso e estagnação

Muitos brasileiros arriscam suas vidas para cruzar a fronteira do México com os EUA, a maioria deles mineiros. O governo brasileiro deveria criar o Ministério dos Mineiros Exportados. Afinal, para o governo Lula, um ministério a mais não faz diferença. A quantidade de investimentos que brasileiros fazem na esperança de progresso fora do país já virou comércio exterior.

Empregadas domésticas, babás, garçons e por aí vai. E exercendo tais funções, ganha-se o suficiente para fazer um pé de meia e mandar dinheiro para a família que ficou. O que seria impossível no Brasil, no exterior é uma fonte de esperança que faz muitos trabalhadores deixarem suas vidas para trás. Sinceramente, eles não estão perdendo nada.

Para muitos, não existe perspectiva aqui. Lutar a vida toda para dar o mínimo de conforto para a família é exaustão. A escolaridade explica o motivo de funções mais bem remuneradas no exterior. Aqui, a “funcionária do lar” tem, geralmente, até o primeiro grau completo. Nos EUA as empregadas devem ter o equivalente ao segundo grau completo e terem ficha policial limpa.
Apesar dos benefícios, o imigrante nos EUA só exerce esses tipos de funções, desprezadas pelos americanos.
Mesmo com todo o preconceito e a luta para entrar nos Estados Unidos, a vida fora pode valer a pena.Afinal, que futuro o Brasil é capaz de dar aos brasileiros?

12 de setembro de 2007

Lá vem o Natal...


Parece cedo para falar disso, e é! Mas quando a questão é trabalho, quanto mais rápido falar do assunto,melhor.
Já estão abertas vagas de empregos temporários para o final do ano, já que teremos a maior das festividades, que é o Natal.
Os shoppings, claro, são os maiores gestores dos empregos temporários, e o comércio em geral, que lucra absurdamente na época.
Empregos terão crescimento de 10%, e ao todo serão 12 mil vagas para a alegria dos brasileiros.
Em torno de 25% dos funcionários são efetivados em seu emprego temporário, o que é um belo presente no final do ano.
Devido ao crescimento do comércio, o número de empregos nessa época aumenta. A parte ruim é ter que trabalhar muito,muito mesmo, e não saber se o emprego será seu depois. Outro ponto ruim, é para os deficientes que geralmente não são solicitados para essas vagas, apesar de terem participação na seleção de profissionais. Mas nessa última situação, o que infelizmente ainda falta é a capacidade dos empresários para perceber a competência que um deficiente pode ter em qualquer ramo, desde que dêem acesso e chance a eles.
Em todo caso, melhor correr e começar a espalhar seus currículos para ganhar aquela graninha e ir atrás dos presentes natalinos.


foto: UOL.

estatísticas: Band News

11 de setembro de 2007

Arte de Rua

Não sei se desvalorizada ou desconhecida. Acredito que os dois. A arte de rua em si cotuma ser vista como vandalismo e depredação. Com os grafiteiros não é diferente. Não. Grafiteiros não são pichadores. Normalmente são meninos de comunidades carentes que costumavam pichar e com alguma ajuda passaram a fazer arte, a fazer grafite. Eles são muitas vezes até contratados para pintar muros e paredes da cidade. Acho que a desvalorização e o desconhecimento não seja nem o da profissão em si, mas sim, a desvalorização da grafite como arte. É só olhar pelas ruas da cidade e ver trabalhos incríveis nos muros. É arte nos muros. Uma arte nova feita por jovens e que merece sim toda a nossa adimiração. Segue um vídeo com uma pequena reportagem feita pela TVRIO sobre Grafiteiros.

(Caso não consiga visualizar o vídeo aqui no blog, logo abaixo o link do vídeo no youtube.)



Arte de rua é vista por poucos como arte. E é para tentar reverter essa situação que foi criada uma galeria em São Paulo que só traz arte de rua. A Galeria Choque Cultural traz grafites, stickers e até tatuagens, ela traz a arte da rua para uma galeria de verdade. Se pensarmos que as galerias de arte são sempre direcionadas a públicos de classes altas(classea A e B), endinheirados e costumam ter poucas pessoas visitando as obras que são normalmente pinturas e esculturas raríssimas ou extremamente caras de importantes pintores e/ou escultores.

Já na choque cultural encontramos jovens, arte feita por jovens exibida em um ambiente descontraído onde qualquer um se sente à vontade e hipnotizado pelas artes lá expostas. Vale a pena conferir.

Foto da fachada da Galeria Choque Cultural retirada de seu próprio site.

Noites literalmente agitadas

Depois da pequena apresentação e apreciação da "profissão DJ" , continuo a aventura - ainda de maneira passiva - pelo mundo do trabalho noturno, suas alternativas e paixões. Apresentando uma figura conhecida das noites urbanas: o bartender.

Nome dado - incluso às variantes - aos que têm muito conhecimento e experiência em criação de drinques e diversas bebidas,são geralmente jovens,bonitos e simpáticos.Por enquanto,muito sutil.

A partir do momento em que esses garotos e garotas dão um show de dança fazendo malabares com garrafas e truques ilusionistas, passam a ser denominados flair bartenders.

Essa variante da profissão se popularizou com o filme "Show Bar" principalmente em países onde não era conhecida ou muito pouco divulgada,no caso do Brasil.

Como tudo não são rosas, fazer caras e bocas jogando trocentas garrafas não vai fazer de você um(a) bartender de sucesso.A habilidade para o entretenimento e o indispensável amor pelo que faz,também são essenciais para quem quer encarar noites satisfazendo fígados,levando cantadas e muitas vezes sendo divã de pessoas desconhecidas.

Mesmo assim,nada substitui o prazer de servir bem e ser bem servido.

10 de setembro de 2007

Carreiras diversas para sonhos diversos


Sem pensar muito, faça uma lista dos primeiros cinco cursos superiores que passarem pela sua cabeça. Pronto? Deixe eu adivinhar: nesta lista continha administração, direito, medicina, publicidade, psicologia ou engenharia? Gostaria que, entre os vestibulandos, fosse feita a seguinte pesquisa: quem já ouviu falar de Produção Cultural, Gestão de Políticas Públicas, Naturologia, Musicoterapia, Secretariado, Design de Games, Aqüicultura? Apenas dando uma breve folheada em qualquer guia de profissões, é possível achar esses e outros nomes ainda mais incomuns. O grau de evolução- e complexidade- que o ser humano atingiu nesse desordenado pós-modernismo acarreta nessa tendência à especialização.

Mas há um medo- ou um preconceito- de se escolher uma carreira que fuja tanto do convencional e que seja relativamente recente. Sei o que passei quando, no terceiro colegial, anunciei à família que uma das minhas opções era terapia ocupacional- e olha que esta nem é das mais atípicas. As escolhas dos que se formaram comigo no colégio não variaram muito, a maioria recorria aos habituais refúgios dos indecisos.

Vamos imaginar a seguinte situação: Desde criança, Joana era um exemplo de organização. Dedicava horas arrumando seu guarda-roupas, separando cada peça por cor, tamanho, modelo, marca, ordem alfabética e todos os critérios possíveis de se imaginar. Sua estante de livros era separada por autor, os que já foram lidos, os melhores enredos etc. A empregada nem precisava tocar em seu quarto. Joana era metódica, responsável, e sabia a localização exata de cada mínimo objeto em seu quarto. Tinha verdadeira paixão pela ordem. Quando chegou a hora de decidir o que prestar no vestibular, Joana não teve dúvidas: Durante o jantar, com os olhinhos brilhando e o coração palpitando de entusiasmo, anunciou para os pais:
-Quero cursar biblioteconomia!
Os pais se embrenharam numa gargalhada efusiva e hostil. E o pai emendou, em tom de deboche:
-Estudar quatro anos para aprender a arrumar livros? Qualquer um faz! Ai, filha, você tem cada idéia...

É necessário coragem para enfrentar ignorância, expressão azeda, nariz torto, piadinhas sarcásticas e perguntas imbecis quando se opta por um curso diferente.
Quantas Joanas por aí foram simplesmente enquadradas em profissões convencionais e nunca puderam ir de encontro com seus verdadeiros potenciais, estão hoje enfurnadas em escritórios maçantes, se rasgando por dentro, absolutamente frustradas?

O preconceito chegou em um nível que sequer nos dão a oportunidade de conhecer as carreiras fora do padrão. É só analisar as jornadas profissionais que as escolas realizam, que, dizem, são para "esclarecer" o aluno indeciso, mas só proporcionam palestras com profissões banais. Nem os testes vocacionais levam em conta carreiras inusuais. Por que tanta falta de informação, se o leque de possibilidades é tão amplo? Se os possíveis talentos são diversos, porque se prender a opções tão restritas?

Não despreze carreiras bizarras. Você já pensou que pode encontrar o sentido da sua vida em alguma delas? Suas aspirações poderiam ter encontrado o encaixe perfeito em um ofício do qual você foi privado de saber que existia. Se você descobriu uma vocação em você, por mais peculiar que seja, não fuja dela. Abra a cabeça e se permita. Só resta estufar o peito, impostar a voz e admitir:
- Puta que o pariu, nasci pra ser quiropraxista!

9 de setembro de 2007

Cultura é prioridade da profissão


A profissão de Museologia é pouco conhecida e uma boa dica para quem aprecia arte, cultura e história. Só existem três faculdades de graduação com esse curso no Brasil que se localizam nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O profissional dessa área recebe o nome de museólogo. A lei que regulamentou a profissão diz que cabe a ele planejar e executar serviços de identificação, classificação e cadastramento de bens culturais. Tem como dever também promover estudos e pesquisas sobre acervos de arte e fazer perícias sobre o valor histórico e a autenticidade das peças do museu.

Para organizar exposições os museólogos trabalham em conjunto com profissionais de outras áreas como artistas plásticos, historiadores, arquitetos, selecionando peças e mudando suas disposições no museu.

Eles precisam ser comunicativos, pois também realizam papel de educadores, planejando atividades e dando explicações sobre o estilo do artista que está expondo suas obras para públicos de faixa etária distintas.

Boas oportunidades de emprego aparecem em empresas interessadas em preservar sua história contratando profissionais para organizar acervos e exposições.
>Imagem: http://www.mp.usp.br/imagens/museu_paulista_vista_aErea.jpg

8 de setembro de 2007

Desvalorização do idoso


Até pouco tempo ter mais de 40 anos e conseguir um emprego era tarefa das mais difíceis. No entanto, a situação agora é outra. Muitas empresas já perceberam que o preconceito estava causando prejuízo. A experiência e o talento estavam sendo deixados de lado.
E por isso, o mercado de trabalho está dando oportunidade para os profissionais mais maduros. O problema é que as vagas aumentaram, mas a valorização nem tanto. Estou me referindo especificamente aos idosos, que se encaixam nessa parcela mais experiente de trabalhadores.

O mercado ainda reserva pouco espaço para a terceira idade (os desempregados dessa faixa etária são os que levam mais tempo para conseguir um emprego).
As jornadas de trabalho são bem semelhantes, enquanto um funcionário idoso costuma trabalhar 41 horas semanais, os outros funcionários trabalham em média 44 horas. Porém, como muitos empregadores ainda consideram que os idosos não dão muita importância para o dinheiro, uma vez que o importante é exercer alguma atividade para se sentir útil, o salário acaba sendo bem reduzido.

É verdade que muitos idosos voltam para o mercado de trabalho não apenas para aumentar a renda, como também para ter uma atividade. Mas isso ser desculpa para diminuir o salário dos empregados dessa faixa etária é um absurdo.
>Foto:
http://forumcidade.blogspot.com/2004_03_01_archive.html

>Recomendo o site:
http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/especial/artigos.htm
onde estão disponíveis vários artigos e reportagens sobre o tema

Tão essencial quanto às outras

Hoje quero falar de um assunto que já está em pauta há muito tempo: a desvalorização do trabalho das donas de casa. A sociedade vê com outros olhos as mulheres que, após o casamento, decidem ficar em casa, cuidando dos filhos, do marido e dos afazeres doméstico. Abrindo mão da mulher profissional e conseqüentemente da carreira.


Essas mulheres percorrem um caminho inverso. Pois há alguns anos atrás, elas derrubaram tabus e entraram para o mercado de trabalho. Ocupando postos e profissões destinados aos homens.

Essa profissional, pois é isso que ela é, desempenha diversas funções ao longo do seu dia. Dia que custa a passar, monótono, sem graça, pois são sempre iguais.

Não entendo o motivo do preconceito! Preconceito, que também parte de dentro de casa, dos próprios maridos. Quer trabalho mais desgastante, ingrato, pouco valorizado - poderia, ainda, citar vários outros termos – e que, ainda por cima, não é remunerado?

Se ela fosse remunerada, ou seja, recebesse como qualquer outro profissional, com certeza seria tanto quanto recebe um diretor, gerente de empresa. Pois suas funções vão de: faxineira á administradora. Já que, ela administra um lar e seu trabalho é fundamental para o funcionamento da casa.

7 de setembro de 2007

Profissionais da reciclagem

Existem, hoje em dia, muitos “catadores de lixo”, os chamados “coletores”. Ao andar por São Paulo, por exemplo, é muito provável que se vá encontrar um daqueles homens puxando um carrinho com lixo dentro e pegando algumas coisas da rua.

Algumas pessoas não consideram isso como profissão, mas o que elas não sabem é que já existem até cooperativas de coletores, que garantem a eles um salário fixo no final do mês. Porém, alguns desses catadores preferem trabalhar por conta própria, para aumentar a renda familiar, mas isso pode trazer riscos para si mesmos, por ficarem expostos a vários tipos de doenças, por exemplo.

A principal função do coletor é recolher das ruas qualquer tipo de material que possa ser reutilizado. Para se trabalhar de coletor não é necessário ter curso superior, mas é preciso ter um bom condicionamento físico e disposição para trabalhos considerados pesados. Apesar de tanto esforço esses trabalhadores ganham em média apenas um salário mínimo.

Apesar de não serem vistos de maneira positiva por uma grande parte da sociedade, esses catadores na verdade fazem um bem para o meio ambiente, pois em um cenário de desmatamento e aquecimento global, o trabalho deles se torna cada dia mais importante.

6 de setembro de 2007

O que seria da gente sem eles?


Eles correm cerca de 40km, carregam em média 6 toneladas, ficam expostos aos perigos do trânsito, fogem de cachorros, agüentam a chuva ou o sol e sofrem discriminação pelo seu trabalho. Diariamente. E ele passa aí, na porta da sua casa. Já sabe de quem estou falando? Do lixeiro, claro. Ou melhor, do coletor de lixo. Lixeiros somos todos nós, que produzimos o lixo.

Existe profissão mais importante? Não. Nem aquelas consideradas essenciais para o ser humano, como a de médico. Será que um médico pegaria o lixo do hospital e levaria em seu carro até um depósito? Duvido. E conviver com o acúmulo de lixo é inviável. Ainda mais se for em um hospital.

Mesmo com toda sua importância, o coletor de lixo ainda sofre com a ignorância da população, com o velho hábito que ela tem de achar que ele é inferior porque lida com lixo. Isso, além de muito preconceituoso, é o reflexo da desvalorização de determinadas profissões que exigem menos estudo.

Embora seja essencial a valorização de profissionais de nível superior, trabalhadores como o coletor de lixo são cruciais para o bom funcionamento da sociedade. Podemos facilitar o trabalho deles de várias formas, começando pelo respeito. Você faz a sua parte?

Salário ou vale-alimentação?

Fazer as compras do mês hoje em dia é uma sangria. Inflação, supervalorização e outros aditivos deixam a conta mais cara. Um malabarismo no bolso do consumidor que trabalha oito horas por dia e ainda tem que pensar nos livros dos filhos e no transporte para toda a família.

O salário mínimo deve ser suficiente para a subsistência. Famílias de baixa renda vivem com o gasto que famílias de classe alta têm só no supermercado. Com os atuais R$380 nacionais, ou R$410, 430 e 490 regionais não dá pra pôr comida na mesa, pagar contas mensais, custos de transporte e ainda os impostos. Não existe desenvolvimento pessoal com uma vida dessas. Não é possível investir em nada visando o futuro com uma renda familiar de cerca de R$800 por mês.

A (des) valorização do trabalhador que ganha um salário mínimo é evidente ao pensar que o sustento de uma família está sustentado naquele emprego.

Ainda, quando ficamos doentes e precisamos de atendimento, somos desprezados pelos hospitais públicos; se precisamos de segurança, a polícia atende-nos com arrogância; se pedimos por justiça, esperamos anos a fio para ver os culpados pelas mortes de inocentes libertados e ilesos.
Muito diferente do mundo dos carrões importados e dos restaurantes caros.

5 de setembro de 2007

A mulher no mercado de trabalho

Mesmo após tantas revoluções na nossa sociedade, alguns comportamentos não mudam. Um deles, é o machismo ainda presente em relação a cargos que, segundos homens, devem pertencer somente ao sexo masculino. Há ainda o tradicional pensamento de divisão entre profissões masculinas e femininas.

Como exemplo, houve um preconceito quando mulheres começaram a tomar conta dos ônibus da cidade. Os motoristas não só se sentiram ameaçados, mas também achavam que mulheres não tinham o mesmo dom que eles tem para dirigir, manobrar e etc.

Sentiram que seu espaço foi invadido, mas pelo jeito vai continuar sendo porque mulheres hoje dirigem não só ônibus, mas também caminhões e táxis. Rosa Maria Noschese, 57, dirige táxi no Alto de Pinheiros em São Paulo, e com certeza não pensa em largar a profissão.
"Tenho tantas estórias que daria para escrever um livro! Amo o que faço e amo meus clientes! Só não gosto de dirigir com chuva.", ela declara.

O mercado de trabalho está mais amplo para mulheres em termos de ocupação, as limitações femininas impostas estão sendo extintas, pois hoje existem padeiras, caminhoneiras, bombeiras, que eram até então profissões tipicamente masculinas. Manutenção Aeronáutica é um dos novos cargos conquistado por mulheres, e que está também colaborando para ampliação do mercado de trabalho feminino. O problema é que mesmo a mulher conquistando seu espaço no mercado de trabalho sua taxa de desemprego ainda é maior comparada com a dos homens.

>Foto:

http://guaruja.jornalbaixadasantista.com.br/conteudo/escola_tecnica_mulheres_profissao_2007.asp

4 de setembro de 2007

Alta Costura

Por volta de 50 anos atrás era comum as mulheres irem a costureiras fazer vestidos. Minha mãe sempre lembra da época em que meu avô costumava presentear minha avó nos seus aniversários com metros e metros de tecido (sempre de cor verde por causa de seu time de coração) para que ela fosse até a costureira ganhar um vestido novo.

Era assim com os homens também e foi como ficou conhecida a profissão do Alfaiate. Com a função de costurar ternos alinhados e que sempre cabiam perfeitamente no cliente, esse processo exigia por volta de 3 provas. Quase como um vestido de noiva. Com as pessoas cada vez mais ocupadas e não dispondo de tempo para várias provas de roupa e sem contar o avanço da tecnologia permitindo produzir ternos em escala e a menor custo, o alfaiate foi deixado de lado pela ‘modernidade’

Conversei por telefone com Maurício Messias, alfaiate que herdou o ofício do pai e tem a 35 anos uma loja da Rua Augusta, em São Paulo. “Antes todos procuravam alfaiates. Agora apenas as classes A e B.” Alfaiataria se tornou elitista. É caro e poucos procuram. Perguntei ao Maurício se ele tinha idéia de quantos cliente ele tinha “Bom, nunca me preocupei em contar. Mas estou satisfeito.”Mauricio aderiu a modernidade e se comunica com os clientes via e-mail, manda news letters com dicas de moda e estilo.Além de seu site, que mantém sempre atualizado.Na foto, Maurício Messias.
Foto de uma reportagem da Revista da Folha em 2005. Foto retirada de seu próprio site.

http://www.alfaiatariaitaliana.com.br/index_fundo.htm

Dona Maria não quer ser empregada

“(...) E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia "sim"
Começa a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução(...) ”

(Vinicius de Moraes- Operário em construção)


Recentemente, fui visitar um assentamento do MST, no Tremembé. Dona Maria foi quem guiou a visita. As casas que visitamos eram muito pobres, simples, e as pessoas muito humildes. Mas o que chama mais atenção é que aquela simplicidade toda não faz seus moradores ignorantes. É de se impressionar o que essa simpática negra de chapéu de palha e olhar firme tem de consciência política.

Ela contou ao grupo que teve chance de procurar emprego nas cidades, como muitos fizeram, mas ela optou pela liberdade no campo, mesmo com a vida sofrida, do que se submeter à relação exploratória que teria sendo doméstica nos caos urbanos. Marx escreveu: “o que o operário obtém com o seu trabalho é o estritamente necessário para mera conservação e reprodução de sua vida”. Dona Maria já percebeu.

Contudo, a lucidez de dona Maria não se repete em muitas empresas corporativistas, que fazem o empregado se sentir como sendo parte de uma grande família, mascarando, assim, a relação exploratória. Há quem vista a camiseta da empresa e saia berrando para os quatro ventos o nome da companhia. O extremo dessa tática vocês podem conferir aqui.

Lembro vagamente de um conto de Victor Giudice que li ano passado, chamado O Arquivo (hoje estou cheia das citações, não é mesmo?), em que joão (com minúscula mesmo, pra ressaltar a insignificância da personagem), após 40 anos de serviço, vai decaindo cada vez mais de posição-e mostra-se contente com isso, daí a beleza da ironia- até ser transformado em um arquivo de metal.
A Mais Valia é real, meu caro, ou você realmente acreditou naquele conto do arco da velha que, se você se matar de trabalhar, conseguirá acumular dinheiro?

3 de setembro de 2007

Solta o som DJ!!!


Como no primeiro post fui muito limitada em falar das carreiras alternativas e dos trabalhadores noturnos, resolvi fazer ao longo das terças uma pequena série sobre as carreiras noturnas e a que pretendo seguir paralelamente por paixão: a carreira de DJ.

O termo -compacto do nome disc jockey- além de ter seus primeiros registros na época das vitrolas, ainda muito usadas pelos atuais artistas e apaixonados, era dado apenas aos locutores e anunciantes de rádio; o que confere a característica de profissional de entretenimento.
Sempre em ativa pelas noites, os artistas também dependem de um release -seleção de músicas para determinado público-alvo- além de boa propaganda, bons ouvidos e apurada sensibilidade para fazer a música "bombar".

Embora sem sindicato e reconhecimento no Ministério do Trabalho, é um ofício que vai além da diversão. O salário mensal varia entre R$ 800 e R$ 2.000 para uma carga horária de, respectivamente, três e seis horas semanais e o mercado está em ascensão: repleto de eventos, clubes, festas particulares, desfiles, bares e restaurantes que estão em busca de personalidade musical para compor a ambientação de seus lounges.

_crédito da imagem:
http://loja.freedevices.com/images/audio/dj/djconsole/dj-console-top-lg.jpg

_interessou?
Profissão DJ

2 de setembro de 2007

Guardador de carro ou flanelinha?


Na minha estréia vou falar sobre a desvalorização da profissão de guardador de carros, que também são conhecidos como flanelinhas. A Lei Nº. 6.242, de 23 de setembro de 1975, regulamenta o exercício da profissão. Os guardadores de carros precisam ser regulamentados e afiliados ao sindicato dos guardadores de automóveis.

Para trabalhar nas ruas todos os guardadores devem possuir crachá de identificação. As funções que eles exercem são: controlar o trânsito para orientar o motorista na entrada e saída das vagas, manter a ordem no “estacionamento”, preencher o talão e efetuar a cobrança.

Eles preferem receber antecipado, para evitar que o cliente saia sem pagar. O talão deve conter as seguintes informações: placa, mês, dia, hora e minutos. Só sendo válido por duas horas, depois desse prazo é necessária a troca.

Cada flanelinha tem o seu ponto para trabalhar. Esse local só poderá ser “passado” para algum parente ou para alguém de muita confiança. Normalmente é passado de pai para filho. Algumas pessoas não gostam da idéia de ter que pagar para estacionar em locais públicos (as ruas), desvalorizando, assim, o trabalho desses profissionais.

>Foto:

http://sptv.globo.com/TVGlobo/Jornalismo/Telejornais/sptv/CDA/pops/tvg_cmp_sptv_impressao/0,13495,2900-20060329-157752,00.html

1 de setembro de 2007

Quanto custa a amizade?


A medida que algumas profissões vão deixando de existir, abre-se espaço para novos tipos de trabalho. Isso reflete a constante mudança da sociedade em que vivemos. Um exemplo de nova profissão é o personal friend, “amigo pessoal”.
É isso mesmo, mas a simples tradução não consegue passar o verdadeiro significado. O personal friend é um amigo de aluguel. Contradizendo a máxima “tem coisas na vida que não têm preço”, a amizade agora tem. Porém o preço varia, assim como com qualquer outro “produto”.

O professor Silvério Veloso, ao tentar ajudar no dia-a-dia as pessoas que assistiam suas palestras, acabou sendo o precursor da profissão. Atualmente possui os mais diversos tipos de “amigos”, mas o que eles têm em comum é o preço que pagam pelos encontros, R$ 300,00 por 50 minutos. Os demais profissionais da área possuem suas próprias tabelas de preços.
A conversa é realizada no lugar que o contratante escolher, mas custos extras como alimentação, transporte e qualquer outro programa também são por conta do cliente.
Antes se dizia que a internet acabaria afastando as pessoas, no entanto, contrariando essa idéia, muitas amizades feitas pela internet acabaram se projetando no mundo real. E agora é esse mesmo mundo real que projeta falsas amizades, e mostra a que ponto nos leva o consumismo. O que parece é que não existe mais barreiras, para tudo há um preço.

Ficou interessado?
>Para contratar um personal friend basta conferir os anúncios nos classificados. Isso mesmo, se quiser um amigo agora você pode encontrá-lo nos classificados!

>E se quiser saber mais pode acessar também:
http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?ID=16&cd_city=1&cd_news=30263


>Imagem: http://farmavida.zip.net/images/amigos.jpg