A aula de Sociologia que assisti hoje na faculdade, sobre Marx, me inspirou a escrever meu post hoje sobre as formas que a burguesia usa para legitimar o trabalho não pago, ou seja, a exploração, o roubo. Se um de nossos temas tratados aqui é a desvalorização do trabalho, cabe a pergunta: Por que não lutamos pelos nossos direitos?
A professora explicou a criação de ideologias que justificam as idéias que convém à classe dominante, que vão além da forma material: mudam o espírito também.
Saí da aula pensando no assunto e comecei a reparar que em várias coisas ao meu redor isso acontecia, de fato. Vou enumerar 3 delas:
1) Fui em uma lanchonete e enquanto esperava o pedido vi pregado na parede a foto de uma funcionária toda sorridente. Em cima, a congratulação: “Funcionária do Mês”.
2) Fui a uma livraria e, ao acaso, achei o seguinte livro: “1001 Maneiras de Premiar seus Colaboradores”. A descrição: “o que motiva uma pessoa a ter um desempenho brilhante não é tanto um aumento de salário nem uma promoção, mas certos gestos inesperados no dia-a-dia que demonstram o real reconhecimento por um trabalho bem-feito”.
3) Na rua, um grupo de pessoas, metade com os olhos vendados, enquanto a outra metade que podia enxergar os conduzia. Descobri que eram de uma empresa. Aquilo era uma dinâmica de grupo. Há aquelas em que, dentro da empresa, é possível malhar, receber massagens, estudar mandarim, japonês, espanhol, francês e ter serviço de creche e cuidados com crianças. É a mesma lógica da expansão do café no século 19.
Tudo isso são máscaras, que, se caírem, aparecerá a face do tio Marx, ainda assombrando o deselvolvido mundo contemporâneo, impregnada em cada poeira dos porões obscuros onde acontecem os meios de produção.
1) Fui em uma lanchonete e enquanto esperava o pedido vi pregado na parede a foto de uma funcionária toda sorridente. Em cima, a congratulação: “Funcionária do Mês”.
2) Fui a uma livraria e, ao acaso, achei o seguinte livro: “1001 Maneiras de Premiar seus Colaboradores”. A descrição: “o que motiva uma pessoa a ter um desempenho brilhante não é tanto um aumento de salário nem uma promoção, mas certos gestos inesperados no dia-a-dia que demonstram o real reconhecimento por um trabalho bem-feito”.
3) Na rua, um grupo de pessoas, metade com os olhos vendados, enquanto a outra metade que podia enxergar os conduzia. Descobri que eram de uma empresa. Aquilo era uma dinâmica de grupo. Há aquelas em que, dentro da empresa, é possível malhar, receber massagens, estudar mandarim, japonês, espanhol, francês e ter serviço de creche e cuidados com crianças. É a mesma lógica da expansão do café no século 19.
Tudo isso são máscaras, que, se caírem, aparecerá a face do tio Marx, ainda assombrando o deselvolvido mundo contemporâneo, impregnada em cada poeira dos porões obscuros onde acontecem os meios de produção.
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