Segundo o Houaiss, TRABALHO é: sm. fis. grandeza que pode ser definida como o produto da magnitude de uma força e a distância percorrida pelo ponto de aplicação da força na direção desta (τ); esforço incomum; luta, lida, faina; conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; atividade profissional regular, remunerada ou assalariada; qualquer obra realizada (manual, artística, intelectual etc.).

20 de setembro de 2007

"Vou ser ator"

— E aí, filho, já decidiu o que vai prestar para vestibular?


— Já pai. Vou fazer artes cênicas, vou ser ator.

— Mas...como ator? Você tem que ser médico como eu! Imagina, o único filho homem que eu tenho, vai querer ser ator? Não, não. Ator não ganha dinheiro, ator é coisa de vagabundo. Meu filho não vai ser vagabundo não; vai prestar medicina, se tornar um cirurgião de respeito!

Esta cena foi comum a partir da metade do século XIX, mas até hoje a vontade de muitos pais é que seus filhos se tornem como eles enquanto querem ser atores ou músicos. O que gera ampla concordância é que, em apresentações, o trabalho desses profissionais é aplaudido e elogiado. Mas fora da cena, há dificuldade financeira e até de encontrar emprego, pois não é uma função remunerada em carteira, com data de admissão. Ator e músico vive com o que os outros chamam de “bico” mas que serve de sustento e para pagar as contas.

Poucos profissionais prosperam ao ponto de ter conforto. A maioria do teatro amador vive no aperto, tanto para verbas de espetáculos quanto para cada ator em si. Essa desvalorização torna-se comum para jovens, que entram nas faculdades cheios de ideais.

De qualquer forma, vale mais fazer o que gosta do que fazer o que não quer por dinheiro.

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