— E aí, filho, já decidiu o que vai prestar para vestibular?
— Já pai. Vou fazer artes cênicas, vou ser ator.
— Mas...como ator? Você tem que ser médico como eu! Imagina, o único filho homem que eu tenho, vai querer ser ator? Não, não. Ator não ganha dinheiro, ator é coisa de vagabundo. Meu filho não vai ser vagabundo não; vai prestar medicina, se tornar um cirurgião de respeito!
Esta cena foi comum a partir da metade do século XIX, mas até hoje a vontade de muitos pais é que seus filhos se tornem como eles enquanto querem ser atores ou músicos. O que gera ampla concordância é que, em apresentações, o trabalho desses profissionais é aplaudido e elogiado. Mas fora da cena, há dificuldade financeira e até de encontrar emprego, pois não é uma função remunerada em carteira, com data de admissão. Ator e músico vive com o que os outros chamam de “bico” mas que serve de sustento e para pagar as contas.
Poucos profissionais prosperam ao ponto de ter conforto. A maioria do teatro amador vive no aperto, tanto para verbas de espetáculos quanto para cada ator
De qualquer forma, vale mais fazer o que gosta do que fazer o que não quer por dinheiro.
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