Segundo o Houaiss, TRABALHO é: sm. fis. grandeza que pode ser definida como o produto da magnitude de uma força e a distância percorrida pelo ponto de aplicação da força na direção desta (τ); esforço incomum; luta, lida, faina; conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim; atividade profissional regular, remunerada ou assalariada; qualquer obra realizada (manual, artística, intelectual etc.).

29 de setembro de 2007

Profissão: Mendigo

Li na matéria Profissionais da esmola garantem salário nos trens, publicada dia 23/09 no Diário d S. Paulo, que há cerca de 400 mendigos profissionais nas linhas de trem. Aproveitando-se da solidariedade alheia, eles lucram cerca de R$ 100 por dia!

A reportagem conta a história de Simone Rodrigues. Ela queria voltar a trabalhar, mas acha difícil conseguir algo melhor, não tem estudo. A rotina dela é ir para os trens, seus filhos de 2 e 7 anos vão junto, o dinheiro dá pra comprar comida, pagar aluguel, não falta nada em casa. O menino de 7 anos cata latinhas enquanto a mãe recebe esmola, ela diz que o dinheiro que o garoto consegue com as latas é dele, para comprar seus próprios “brinquedinhos”. Só que ela esqueceu de dizer os dias que reserva para procurar emprego, mas será mesmo que ela vai conseguir outro que renda tanto?

Claro que há pessoas que realmente acabam se vendo sem saída e vão mendigar. Mas com o discurso do “é melhor pedir do que roubar” muitos se aproveitam da bondade dos outros. Uma mulher de 59 anos disse que não é boba, por isso trabalha mais nos dias 5 e 21, quando “o povo” tem mais dinheiro. Há 8 anos ela vive como pedinte.

Quando foi entrevistada disse que só voltaria a mendigar na semana seguinte, mas no outro dia foi encontrada pela reportagem com seu discurso, no qual afirma estar doente, não ter dinheiro, além de não ter ninguém nessa vida. Nesse caso, ela deveria procurar pelo menos um de seus cinco filhos nos dias 5 e 21 do mês.

4 comentários:

Lânica K. disse...

Nossa, muito legal esse post. Eu não contribuo no metrô pq na maioria das vezes não tenho moedas, mas depois dessa, mesmo se eu tiver eu não darei. Imagina só, R$100 por dia. E eu nem trabalho...por isso que eles pedem no metrô pra não darem "esmolas". Temos que parar de ter dó dos outros, assim eles terão que trabalhar assim como as pessoas que os sustentam., para ver que o que temos não vem de graça.
Mto bom!

Nina Lofrese disse...

Bem, dar esmolas no metrô é contribuir para esse "comércio". Prefiro doar para instituições sérias do que dar R$1 para uma criança no metrô fazer sabe-se lá deus o q...

Anônimo disse...

É difícil julgar a todos se são ou não "profissionais", se necessitam ou não do dinheiro! Afinal, e se em algum momento eles realmente estiverem passando fome ou frio?
Sempre tem uns espertos que ganham em cima dos outros, mas não são todos! Não sei bem o melhor a fazer, mas acho que deve-se agir sob inspiração, como, se vc acha que a pessoa passa fome, dê de comer; ou frio, dê de vestir! É pior quando é criança, pois nunca se sabe se esta está sendo forçada a estar ali! Devemos tomar cuidado para também não deixar de prestar ajuda ao próximo, afinal. não existe emprego para todo mundo, então o quê fazer com os que terão de ficar desempregados ( Desemprego estrutural).

Anônimo disse...

???